A doença renal crônica (DRC) é uma condição que tem se tornado comum em cães e gatos, especialmente em animais mais velhos ou com alterações congênitas. Essa enfermidade se caracteriza pela inflamação túbulo-intersticial, atrofia tubular e fibrose intersticial, resultando em uma perda progressiva da função renal. A ausência de tratamentos definitivos ou a possibilidade de transplante de rins no campo da medicina veterinária leva ao controle medicamentoso para melhorar a qualidade de vida dos animais.
Diante desse cenário, os estudos sobre o uso de células-tronco mesenquimais (CTMs) em pacientes com DRC têm sido explorados. As CTMs têm a capacidade de regenerar tecidos, reduzir a inflamação local e promover a imunomodulação. Essas células podem ser obtidas de diferentes tecidos em indivíduos adultos, com destaque para o tecido adiposo, que é o local preferido na medicina veterinária.
A presença constante de inflamação na DRC faz com que as propriedades anti-inflamatórias e imunomoduladoras das CTMs sejam uma alternativa promissora. Esses benefícios podem ajudar a suprimir a inflamação com menos efeitos colaterais em comparação com medicamentos tradicionais.
O estudo avaliou a resposta de cães e gatos com DRC à terapia com células-tronco mesenquimais halógenas. De forma geral, os pacientes apresentaram melhora ou estabilização da doença durante o período avaliado. De acordo com os tutores, houve melhora na frequência de vômitos e no apetite dos animais. Apenas um paciente apresentou apatia no dia seguinte à aplicação, indicando que o tratamento mostrou-se seguro.
No entanto, novos estudos devem ser realizados para monitorar os pacientes por períodos mais longos e determinar a melhor concentração de células e o número ideal de aplicações para estabilizar os pacientes com DRC.
Estudo completo em: https://doi.org/10.31533/pubvet.v14n11a700.1-8