As células-tronco mesenquimais (MSCs) têm despertado atenção como fonte celular para medicina regenerativa. Em particular, as MSCs possuem um efeito anti-inflamatório ao secretar diversos tipos de moléculas bioativas. A terapia com MSCs está sendo aplicada em várias doenças gastrointestinais, como doença do enxerto contra hospedeiro, doença inflamatória intestinal e cirrose hepática. Portanto, a terapia com MSCs tem o potencial de ser um tratamento inovador para pancreatite aguda e crônica ao suprimir a inflamação. Vários estudos investigaram o efeito da terapia com MSCs na pancreatite aguda e crônica, mas os mecanismos subjacentes ainda são desconhecidos.
As células-tronco mesenquimais (MSCs) são células multipotentes encontradas em vários tecidos, como medula óssea, tecido adiposo e membranas fetais. Elas têm sido investigadas para medicina regenerativa devido aos seus efeitos imunomoduladores pela secreção de moléculas anti-inflamatórias. Uma vantagem importante das MSCs é que elas não possuem o complexo principal de histocompatibilidade classe II, o que significa que não ocorre rejeição mesmo após transplante alogênico.
A pancreatite aguda (PA) e a pancreatite crônica (PC) são distúrbios inflamatórios do pâncreas. O efeito anti-inflamatório das MSCs é considerado uma estratégia promissora de tratamento para a pancreatite aguda e crônica.
As MSCs foram isoladas pela primeira vez em 1976 e podem se diferenciar em várias linhagens celulares. Elas podem ser isoladas de diferentes fontes, como medula óssea, tecido adiposo e cordão umbilical, e são facilmente expandidas em cultura. Além disso, as MSCs têm sido estudadas em modelos animais e ensaios clínicos para diversas doenças gastrointestinais.
Inicialmente, a terapia com MSCs estava focada na capacidade de diferenciação em várias linhagens celulares. No entanto, estudos mostraram que uma grande parte das MSCs infundidas sistemicamente fica retida nos pulmões, sem necessariamente se diferenciar nos tecidos lesionados. Por isso, os ensaios clínicos estão explorando os mecanismos anti-inflamatórios e trofotrópicos das MSCs, mudando de uma administração local para uma administração sistêmica. Isso representa uma vantagem sobre outras células-tronco, como células-tronco embrionárias e células-tronco pluripotentes induzidas, que podem formar teratomas.
Estudo completo em: https://link.springer.com/article/10.1007/s00535-017-1363-9