A laminite é uma doença grave que afeta o pé de ungulados, causando alterações patológicas nas estruturas lamelares e comprometendo o esqueleto apendicular dentro do casco. É uma condição multifatorial que envolve perturbações na homeostase vascular, hematológica e inflamatória do pé, resultando na falha da junção dermo-epidérmica e enfraquecimento do tecido lamelar, levando à rotação ou afundamento da falange distal.
O tratamento tradicional da laminite envolve uma abordagem medicamentosa, crioterapia e manejo corretivo do estojo córneo. No entanto, a terapia regenerativa com células-tronco mesenquimais (CTMs) vem ganhando destaque como uma nova abordagem terapêutica. As CTMs têm sido estudadas devido ao seu potencial na modulação da resposta inflamatória, ação antioxidante e promoção da angiogênese.
Existem duas fontes principais de células-tronco utilizadas na medicina veterinária: medula óssea e tecido adiposo. As CTMs são administradas por infusão na veia digital lateral abaxial ao osso sesamóide proximal em casos agudos de laminite. A expectativa em relação ao uso das CTMs para laminite reside na sua capacidade de renovar os tecidos afetados e nos seus efeitos anti-inflamatórios e imunomoduladores locais.
Apesar dos resultados promissores, é essencial entender a causa subjacente da laminite para evitar recorrências e tratar a doença de forma eficaz. A laminite é uma condição multifatorial, envolvendo distúrbios metabólicos, inflamatórios, endoteliais e disfunções vasculares. A compreensão desses fatores é crucial para o desenvolvimento de estratégias terapêuticas mais eficazes.
Em resumo, a laminite é uma doença complexa e desafiadora na clínica de equinos, e o tratamento convencional atualmente disponível é multifacetado. As CTMs surgem como uma potencial opção terapêutica, mas são necessários estudos adicionais para avaliar sua eficácia a longo prazo e determinar o protocolo ideal de administração.
Estudo completo em: https://doity.com.br/media/doity/submissoes/647dfa0d-3b44-45e0-918b-11d50a883292-colquio–uso-de-clulas-tronco-mesenquimais-no-tratamento-da-laminite-equinapdf.pdf