A ceratoconjuntivite seca (CCS) é uma condição oftalmológica prevalente em cães, resultante da deficiência lacrimal que afeta diretamente a córnea, causando desconforto e irritação ocular crônicos. Além da irritação, os sintomas comuns incluem secreção ocular, úlceras corneanas e, em estágios avançados, opacidade ou pigmentação da córnea.
Atualmente, os tratamentos convencionais para a CCS apresentam limitações significativas. Técnicas cirúrgicas podem acarretar complicações, enquanto os medicamentos tópicos podem não fornecer uma resposta satisfatória em todos os pacientes. A curta duração dos colírios na superfície corneana e a necessidade de administração frequente são fatores que contribuem para a falta de eficácia em alguns casos.
Diante desse cenário, a terapia com células-tronco emerge como uma alternativa promissora. Estudos prévios demonstraram melhorias significativas, especialmente em animais com CCS em estágios iniciais. A capacidade de diferenciação das células-tronco mesenquimais derivadas do tecido adiposo oferece novas possibilidades terapêuticas para essa condição oftalmológica desafiadora.
A ceratoconjuntivite seca (CCS) em cães é uma condição desafiadora que pode levar a desconforto ocular crônico e comprometer significativamente a qualidade de vida desses animais. Os tratamentos convencionais, embora úteis em muitos casos, podem apresentar limitações, especialmente em pacientes com CCS crônica.
Estudos recentes têm investigado o potencial das terapias com células-tronco como uma alternativa promissora para o tratamento da CCS. De acordo com Peixotto (2013), a aplicação de uma fração autóloga de células mononucleares da medula óssea sobre a glândula da terceira pálpebra em cães com CCS resultou em uma melhora significativa do aspecto da superfície ocular e dos valores do teste de Break Up Time (BUTT). Esse resultado sugere que as células-tronco podem oferecer benefícios mesmo em pacientes com CCS crônica, e que seu uso concomitante com lacrimunoestimulantes pode potencializar ainda mais os resultados.
Estudos demonstraram que a aplicação injetável periglandular de células-tronco mesenquimais derivadas do tecido adiposo (CTMad) resultou em uma produção lacrimal normalizada e uma diminuição na gravidade dos sintomas em cães com CCS. Esses resultados indicam que a terapia com células-tronco pode ser eficaz mesmo em estágios avançados da doença.
Pesquisas como as de Villatoro et al. (2015), confirmaram a segurança e eficácia do transplante de CTMad em cães com CCS não responsivos ao tratamento convencional. Nenhum dos animais apresentou efeitos adversos, e houve uma melhora significativa nos sinais clínicos avaliados, além de um aumento no tempo de ruptura do filme lacrimal (BUTT).
Estudo completo em: http://tede.unicentro.br:8080/jspui/handle/jspui/1783#preview-link0